No dia 1 de Fevereiro de 1908, o Regicídio, ou atentado de Lisboa como o intitulara o diário parisiense Le Petit Journal, colhe as vidas de Carlos I e do seu filho Luís Filipe. É no centro de Lisboa, na Praça do Comércio, que Alfredo Costa e Manuel Buíça atingem várias vezes o monarca e o legítimo herdeiro do trono lusitano, ferindo-os mortalmente. Descobrir-se-á posteriormente que os dois indivíduos agiram a mando da Carbonária, uma organização secreta com evidentes afinidades com a Maçonaria portuguesa. A oposição republicana fora até então uma ameaça à estabilidade do regime monárquico. Com a ascensão ao trono de Manuel II, cadete de D. Carlos I (coroado no mesmo dia do atentado, tornando-se no trigésimo-quinto monarca do país), a contestação à monarquia torna-se mais incisiva. A República insinua-se. É proclamada dois anos depois, no dia 5 de Outubro de 1910.
Ilustrações, Le Petit Journal (16 de Fevereiro de 1908)
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